sábado, 13 de junho de 2015

INGLÊS É LÍNGUA DE EXTRATERRESTRES?

Depois de estudadas as características do texto dramático, os alunos teriam de experimentar a sensação de serem dramaturgos por um dia, pode ser que fique o bichinho! 
Foi-lhes pedido que redigissem uma cena com base num dos temas fornecidos. A Jéssica, do 7ºC, escolheu este e o texto surgiu, grande lição.

TEMA: António é um velho contador de histórias que não percebe nada de Inglês. Um dia, propõe a um grupo de jovens que o ensinem visto esta língua estar a fazer-lhe muita falta. 
Ato I 
Cena I 
(numa biblioteca, um velho contador de histórias e um grupo de jovens sentados no chão) 
António: Meninos, tenho que vos propor um desafio! 
Luís (entusiasmado): Qual é? 
Rúben (surpreendido): Um desafio? 
Giovanni: Ahahah! 
João(impaciente): Calem-se, deixem ouvir! 
António: Eu não sei falar inglês e gostava que me ajudassem, pode ser? 
Todos: Sim, até vai ser divertido! 
Giovanni (aparte): Ele não sabe falar inglês, deixem-me rir… 
António: Quando me podem ensinar? 
Todos: Amanhã, agora temos de ir embora. 
António: Boa, quanto mais depressa melhor, é que tenho de ir contar as minhas aventuras, por todo o mundo, e a língua que tenho de usar é o inglês. 
Giovanni: Uma pergunta, posso? 
António: Diga. 
Giovanni (materialista): Quanto paga? O que nos dá em troca? 
Luís (preocupado): Cala-te, nós não estamos a fazer isto por dinheiro, apenas a ajudar alguém que necessita de nós. 
João (sentencioso): Quantas vezes já nos pediram ajuda? Nunca! E ainda por cima para ensinar uma língua estrangeira! Fazemos isso de graça, claro!
Rúben (sorri, divertido): Quero apenas divertir-me e vai ajudar-nos a melhorar na disciplina e tudo! 
Giovanni (aparte): Fogo! Os velhos têm sempre dinheiro, este é mesmo forreta, ainda por cima contador de histórias, ganha pouco, ganha!! 
António: Eu posso pagar-vos de uma maneira: contando histórias que vivi, aventuras magníficas e, se quiserem, até vos ensino um segredo, um truque! 
Giovanni (espantado): Um segredo?? Truque? É mágico, quer ver?! 
Luís: Ate amanhã, temos de ir. 
 Ato II 
Cena
(num jardim, com árvores grandes, flores, tudo é verde, cheira tão bem; todos os colegas sentados num banco à espera do velho contador de histórias
Giovanni (irónico): Arrependeu-se. 
(António chega apressado
António: Desculpem o atraso. 
Luís: Vamos começar. 
Todos: Diga: What is your name? 
António: Whats you name? 
Todos: Nãããããooooooooooooooooo! 
Giovanni (aparte): Deve estar a falar chinês! 
António: What is your name? 
João: Boa, professor, só temos este dia e amanhã por isso tem de estar atento. 
Luís: How old are you? 
António: Ho olf ar you? 
Rúben: Por favor, tenha calma. 
António: Isto é uma língua de extraterrestres. 
(os treinos continuam...)
Giovanni: E contar-nos, agora, uma aventura que viveu, não acha justo? 
António: Boa ideia. Então aqui vai. No deserto do Sara, apareceu uma serpente verde, com uma língua que dava para me enrolar à volta dela, reinavam montanhas de areia escaldante, o vento cada vez batia mais forte, mais e mais… 
Ruben: E??? 
António: O resto fica em segredo, qualquer contador tem os seus segredos… Até amanhã, meninos, à mesma hora, no mesmo local. 
Giovanni: Não se atrase! 
(saem todos, escurece
Cena II 
(juntam-se no mesmo sítio
Todos: Boa Tarde! 
António: Hi! How old are you? 
Todos: Nice. 
António: Estive toda a noite a praticar, a ouvir músicas, fui ao tradutor, li livros em inglês… 
Giovanni: Livros???? Mas valia ler aqueles panfletos em inglês para os estrangeiros, pelo menos passeava. Luís: Continue assim. 
João: Já lhe ensinamos algo em dois dias. 
Rúben: Agora é só o esforço. 
Giovanni (divertido): Um dia ainda vai ler em inglês em New York. 
António (surpreendido): Que exagero, mas obrigado por insistirem. Sem vós não conseguiria fazer nada, estiveram a cativar-me e, claro, sem trabalho não vamos a lado nenhum. 
Todos: Não tem de agradecer, até foi divertido fazer de professor. 
Giovanni (aparte): E eu a pensar que ele sabia tudo. 
António: Já me safo. Afinal o inglês não é assim tão difícil e, com trabalho... 
Giovanni (interrompendo, cheio de ansiedade): Pode, agora, ensinar-nos o truque?? 
António: Acho que já aprenderam! 
Luís (surpreendido): Já?? 
António: Sim, o segredo é o poder de ajudar as pessoas. Com vontade de ajudar e com trabalho, tudo se consegue. E, agora, tenho uma surpresa para vós. 
João: Uma surpresa?? 
António: In the Sahara desert, it appeared a green snake with a long tongue that I could wrap myself on it, it reigned burning sand mountains, the wind was blowing ever stronger, more and more..." 
Luís: Once upon a time... 
João: Victory victory will never forget this story! 
Giovanni (estremunhado): Todos a falar em inglês, e eu?? Bem, já chega, não acham? 
Ruben: Very well! 
Todos : By!  (riem e apontam para o Giovanni que está com cara de poucos amigos) Extraterrestre!!!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

UMA LIÇÃO

Depois de estudadas as características do texto dramático, os alunos teriam de experimentar a sensação de serem dramaturgos. Foi-lhes pedido que redigissem  uma cena com base num dos temas fornecidos. O Hélder, do 7ºA, escolheu este e o texto surgiu, bem divertido. 
TEMA: A roupa ganhou vida e impõe a sua vontade sobre os movimentos dos donos. Imagina a história. 

PERSONAGENS: Ricardo, roupas
ATO I
Cena I 
(Quarto do Ricardo; ele entra vestido com umas calças, uma camisola e calçado na moda
Ricardo (deita-se por cima da cama.): Aleluia! Finalmente cheguei a casa. Hoje, o dia foi estafante: tive treinos de futebol, educação física, e ainda estive 90 minutos livres a jogar futebol porque a minha professora faltou. E agora não me apetece tomar banho. 
(De repente saltam as roupas do armário.
Roupas: (com voz irritada.) Já chega! Estamos fartas que tu nos vistas a cheirar mal! Depois, nós é que  temos de suportar o cheiro todo o dia. Que nojo!!! 
Ricardo: (com um tom de voz assustado): Vocês têm vida? 
Roupas: (ainda com voz irritada) Sim! Temos, sempre tivemos, só que não te quisemos assustar mas a paciência tem limites. 
Ricardo: Eu sei, eu sei. 
Roupas: Mas agora é tarde, vamos embora. 
(as roupas saem pela janela e Ricardo fica a olhar, sem reação
Roupas: E não venhas atrás de nós enquanto não mudares os teus maus hábitos! 
Ricardo (olha-se de cima abaixo): Mas as roupas que eu trago não foram embora!!! Provavelmente não fogem enquanto as tenho no corpo!
(Ricardo, muito apressado, sai de casa e corre à sua procura

Ato II
Cena I
(Ricardo encontra-se num beco sem saída
Ricardo: Minhas roupas! Peço desculpa e prometo que vou fazer sempre a minha higiene pessoal. 
Roupas: Prometes mesmo? 
Ricardo: Sim, prometo. 
Roupas: Ok! Então vamos para casa. 
Ricardo: Sim, concordo. Vou tomar um banhinho para vos vestir lavadinhas e cheirosas! 

Ato III
Cena I
(Ricardo chega a casa com as roupas nos braços, toma um banho e veste-se
Ricardo: Até sabe bem tomar um bom banho fresco. Sinto-me bem melhor! 
Roupas: É, não é? 

(e assim Ricardo aprende a lição)

UM SONHO!

Depois de estudadas as características do texto dramático, os alunos teriam de experimentar a sensação de serem dramaturgos. Foi-lhes pedido que redigissem apenas uma cena com base num dos temas fornecidos. A Beatriz e a Rafaela, do 7ºA, escolheram este e o texto surgiu, bem divertido.

TEMAA roupa ganhou vida e impõe a sua vontade sobre os  movimentos dos donos. Imagina a história.

PERSONAGENS: Lucas, Bianca, meia-calça, top, sapatos, saia, calções, meias, ténis, camisola de cavas

CENA I
(Quarto grande, bem iluminado, com duas camas, duas mesinhas de cabeceira, duas cómodas de cada lado do quarto e uma secretária; os irmãos vestem-se no centro do quarto quando, de repente, a roupa de Bianca começa a fugir para o corpo de Lucas.)

Meia-calça (a espernear) - Já estou farta de estar nas pernas, quero ir para os braços do Lucas. 
Top (em cima da cama aos saltos e a gritar) - Hoje não me usas, disso podes ter a certeza! 
Sapatos (saltando de cama em cama) - Não queremos ir para os pés. Gostamos mais das orelhas! 
Saia (dança e flutua pelo quarto) - Nunca mais vou para a escola!! 
Bianca (em pânico) - Lucas!!! Ajuda-me!!! A minha roupa está a fugir de mim!!! 
Lucas (correndo atrás dos calções) - A minha roupa também, não te posso ajudar. Socorro!!! 
Calções (às gargalhadas) – Ahahahahah!!! Não me apanhas. Não me apanhas. 
Meias (fogem da gaveta) - Nunca mais vou para dentro daqueles ténis! 
Ténis (melindrados) - Desculpa? Não sou eu que cheiro mal! Estou farto do vosso cheiro e do cheiro dos pés do Lucas. 
Camisola de cavas (gritando) – Deixem-se de coisas! Também estou farta do cheiro dos vossos sovacos. Vamos aproveitar, a janela está aberta! 
(Lucas corre até à janela e fecha-a) 
Bianca - Finalmente apanhei a minha roupa, só faltam os sapatos! 
Lucas - A mim, só me falta a camisola! 
(Quando, finalmente, apanham a roupa, ouvem um barulho: é o despertador, está na hora de acordar e de ir para a escola
Bianca (acorda estremunhada e esfrega os olhos) – Que sonho estranho tive toda a noite! E se isto vier a acontecer na realidade?

quarta-feira, 10 de junho de 2015

CONCHAS

Depois da leitura e interpretação de vários poemas em sala de aula, a Ana Cunha, do 7ºB, decidiu escrever um.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

CARTA RESPOSTA ÀS CARTAS DOS ALUNOS

Na semana da Leitura (março 2015) as autoras Maria Alice Sarabando e Lília Gisela Cipriano estiveram com os alunos de 7ºano os quais escreveram cartas (incluindo fotografias deles em momentos de leitura) às personagens dos livros Ângulo giro e Eu só vejo cores e ainda do conto "Um tribunal na sala de aula" (in, Contos de um mundo com esperança). 
As autoras decidiram responder às várias cartas. Aqui fica a carta que deliciou os alunos. E é isto que faz mover uma escola e que dá ânimo para se continuar a luta diária.
Lombomeão e Paradita, Março de 2015
Queridos alunos das escolas de Arrifana e Milheirós de Poiares,
As nossas personagens julgavam-se figuras débeis, imprecisas como espectros, aprisionadas em livro fechado; mas ganharam vida com as vossas leituras e interpretações. Apreciaram a vossa música e a vossa dança. Comoveram-se com as vossas cartas e fotografias.
A Sara sentiu-se muito contente por a Rita Rodrigues ver nela um exemplo de boa disposição, amizade e altruísmo.
O Lourenço agradece as palavras de incentivo a que se mantenha num rumo de vida digno vindas de Ana Cunha, Jorge, Ana Brandão, Rita Rodrigues, André, Rafaela, Beatriz, Mariana, Diana, Daniela, Hélder e Ivo.
A Beatriz gostaria de satisfazer a tua curiosidade, Ana Rita Ferreira, sobre se ela e Rodrigo vão namorar, mas as autoras interromperam a história antes de isso ficar claro (se precisares, bate-lhes a elas), embora deem a entender que sim. Pelas vossas palavras, pensa que poderia vir a ser também muito amiga da outra Ana Rita, do Sandro e do Leonardo.
O Antônio Rodrigo apreciou enormemente a compreensão do Ruben, do Luís, do João e do Leonardo quanto aos problemas que o afetam, mas diz que tem um “eu” muito forte e estruturado, que sabe o que quer e já adquiriu uma noção muito segura das atitudes certas na vida. Dificilmente se deixará abater. E deixa umas palavras especiais para a Wency aconselhando-a a que se aplique no Português para mais facilmente poder comunicar e firmar as amizades que já tem.
Provavelmente os Cristas não ligaram nada às palavras do Jorge, da Jéssica, do Ruben e do David, mas vamos esperar que em algum deles tenha ficado um eco que o leve a mudar de atitudes.
O Miguel captou música muito bela nas palavras da Jéssica Barros.
O Bruno sentiu-se feliz por, com a sua história, ter levado a Tatiana e a Marília a refletirem sobre a ideia de preconceito.
Nós, as autoras, sentimos da vossa parte um carinho enorme que nos aquece como abraços. Para todos vocês, a nossa gratidão.
Maria Alice e Lília