Depois da leitura de parte do conto "História da princesa Nurenahar", (uma das histórias das Mil e uma Noites) os alunos foram desafiados a completá-lo.
ETAPAS:
- planificação do texto (na aula)
- início da redação, primeiros parágrafos (na aula)
- continuação e conclusão (em casa)
- leitura dos trabalhos de casa e seleção do melhor: o texto da Catarina (na aula)
- melhoramento do texto selecionado com sugestões da turma (na aula)
- publicação.
Partiram, então, em direções opostas.
Ali, o mais velho, cavalgou para norte e, meses
depois, chegou a um deserto. Dunas altas como castelos, areia quente como fogo,
vento seco e calor sufocante encheram o príncipe de espanto mas também de medo
do desconhecido.
Pensou desistir, mas logo lhe veio à
memória a sua princesa. O seu olhar belo e cintilante fê-lo lembrar que o seu
amor por ela era maior que o medo que sentia.
Foi cavalgando, magicando no que lhe
poderia oferecer. Pensou adquirir um objeto brilhante e visível ao longe e que
ela pudesse usar para todos a verem.
Nesse momento, o cavalo começou a
correr em direção a uma lagoa e ambos se refrescaram. Quando Ali levantou a
cabeça, algo entre os catos reluzia e pensou: “Achei o objeto que vai fazer da
minha princesa a mulher mais feliz do mundo.”
Já perto dos catos, viu uma pedra radiosa semelhante a uma rosa, de
pétalas douradas e macias, e, sem hesitar, pegou nela com a certeza que tinha
encontrado o objeto ideal.
Na Europa, encontrava-se Hassan, o
irmão do meio, que, durante um ano, cavalgou, viajou de barco e chegou à
Itália. O país espantou-o com tudo de novo que lá viu. Nas ruas, vários homens
sentados diante de uma tela usavam guaches e uma paleta, numa mistura de cores.
As maravilhas que eles faziam com os pincéis deram-lhe a ideia de comprar o
retrato da sua belíssima amada, pintado apenas através da sua descrição.
Então, abordou o pintor que mais o
fascinou.
- Bom dia, poderia fazer o retrato da
minha princesa apenas com uma descrição? – pediu Hassan.
- Claro que sim! Fale-me dela. – disse-lhe
o pintor.
- Não há quem a iguale em beleza e
perfeição. Ela tem um olhar como o de uma gazela assustada, a boca é igual às
corolas das rosas e às pérolas, as faces parecem narcisos e anémonas.
Horas depois, das mãos do pintor saiu
uma mulher maravilhosa e Hassan pensou que tinha encontrado o objeto que faria
da princesa a sua esposa.
Hossein, cavalgando sem parar,
chegou à Índia. Verificou que a cultura deste país era muito diferente da sua.
As vacas passeavam-se pela cidade e as mulheres e homens usavam roupas
brilhantes. Então, viu comerciantes que vendiam um pó, para ele desconhecido.
- Desculpe, o que é isso, esse pó? –
perguntou, cheio de curiosidade.
- São especiarias. Quer provar? – esclareceu-o
o vendedor.
Então, Hossein experimentou os
diferentes odores da canela e do caril, do açafrão e da pimenta.
Nesse momento, ouviu alguém dizer:
- Aqui! Venham! Vendo especiarias
especiais!
Houssein correu em direção à voz e
leu num letreiro: “Especiarias mágicas”. Comprou uma porção pensando que
encantaria a princesa com aqueles odores.
Depois de todas estas aventuras, os
três irmãos chegaram ao palácio mas tiveram uma má notícia. O rei anunciou que
a princesa tinha sido raptada pelo príncipe vizinho, o maior rival do reino.
Mas Hossein tinha a solução e declarou:
- Eu tenho uma especiaria mágica que
vai resolver a situação.
Partiram de imediato e espalharam a
especiaria pelo castelo onde a princesa estava presa. Esconderam-se e, quando
perceberam que todos tinham adormecido, foram buscar Nurenahar que acordou
depois de Hossein a ter beijado enquanto chorava.
No dia seguinte, o rei fez uma grande
festa e deu a princesa em casamento ao seu filho mais novo.
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