O diário faz parte do programa de 8ºano. Depois de analisado um extrato de O mundo em que vivi, de Ilse Losa, foi pedido aos alunos que redigissem a página de um hipotético diário de Rose, no dia em que ela conheceu Paul.
A Renata, do 8ºA, imaginou esta:
19 de janeiro de 1937
Waltraut! Foi a minha querida amiga Waltraut que fez o meu dia.
A meio da manhã, ela passou em minha casa a avisar-me que iríamos sair esta tarde. Ao início, fiquei um bocadinho hesitante, estava a planear passar a tarde em volta da geometria descritiva, terei prova daqui a duas semanas. No entanto, ela não me deu outra alternativa.
Fiquei apavorada quando reparei que o seu novo namorado, Paul, nos iria acompanhar. Mas estava eu a pôr em causa a minha nota a geometria para assistir a um encontro amoroso de um casal?
A tarde de hoje tinha todas as probabilidades físicas e matemáticas para ser muito aborrecida. Mas não foi! Bastou um par de horas para perceber que não sairia indiferente daquele «encontro» com o rapaz loiro.
Paul tentou puxar conversa comigo, ato que ignorei por completo. Como a avó sempre me disse «uma senhora deve ser como uma borboleta, bonita de ver, difícil de apanhar». Levo esta frase à risca não quero ser vista como uma oferecida, seria uma vergonha para a minha família. Além disso, ele acha-me feia, eu sei disso, não tirou os olhos de mim a tarde toda e isso arrelia-me. Já viste a minha sorte? Agora tenho uma paixoneta pelo namorado da Waltraut que, por acaso, me acha feia.
Dias melhores virão. Tenho fé nisso.
Rose
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